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sexta-feira, 29 de julho de 2016

Annihilation - A Destruição dos Judeus da Europa Epis.08

Alemanha, 1933. Adolf Hitler, à frente do Partido Nazista, acaba de se tornar chanceler e se depara conduzindo uma república no auge de uma crise econômica e de uma inflação galopante. Ele usou o culto à personalidade nutrido por seu líder de propaganda Joseph Goebbels, que espalhou a ideologia xenófoba e antissemita dos nazistas, que Hitler divulgava desde a Primeira Guerra Mundial e reforçou em Mein Kampf: os judeus, ele alegava, eram parte de uma conspiração internacional contra a Alemanha. Ele usaria o poder do estado alemão, que havia se tornado o Terceiro Reich em 1934, para progressivamente excluir os 600.000 cidadãos alemães de origem judaica da sociedade, primeiro forçando-os a imigrar e em seguida aniquilando-os. A partir de 1933, os judeus foram proibidos de ter empregos que envolvessem contato com o público, o que incluía atores, jornalistas, músicos, e, mais tarde, professores universitários. Goebbels separou livros de autores que os nazistas consideravam degenerados e os queimou em praças públicas em maio de 1933. Como empresas e lojas judaicas ainda estavam dentro da lei, em abril de 1933 Goebbels pediu um boicote. Foi um fracasso. Mas depois de dois anos de propaganda, a ideia começou a entrar na mente da população, que passou a pensar que os judeus eram um grupo separado na sociedade alemã e que a segregação imposta a eles era justificada: eles não tinham mais lugar na Alemanha. A violência física contra os judeus começou a se tornar uma prática comum no verão de 1935, e mesmo o grande número de extrações deixava a sociedade indiferente. Enquanto isso, no ministério do interior, advogados nazistas definiam o que significava ser judeu, identificando, assim, quem deveria ser excluído. As leis de Nuremberg de setembro de 1935 retiraram a nacionalidade alemã dos judeus do país. Dali em diante, os serviços secretos, a polícia do país e a polícia do partido político, todos sob ordens de Himmler, tornaram-se a ponta da lança da política antissemita do Terceiro Reich.
Episódio 08 - Não Esqueçamos
Os sobreviventes dos campos de concentração que chegaram a Israel foram cercados por silêncio, vivendo em uma sociedade que não os reconhecia. Os autores David Grossman e Aaron Appelfeld, o jornalista Tom Seguev, e os historiadores Yitzhak Arad e David Silberklang mergulharam em suas memórias para fornecer depoimentos sobre a chegada dos sobreviventes, e sua dificuldade de integração na sociedade israelense até o julgamento de Adolf Eichmann em 1961. O antigo especialista em imigração de judeus do regime nazista e coordenador de seu extermínio foi encontrado na Argentina, para onde ele fugiu depois da guerra, e onde ele estava vivendo confortavelmente em uma comunidade de expatriados alemães em Buenos Aires. Ele foi capturado por Mossad, que o levou consigo até Israel para ser julgado. Sua aparição no tribunal em Jerusalém foi um choque: careca, mal vestido, ele parecia um burocrata idoso e inofensivo. Foi esta imagem que ficou na mente da filósofa Hannah Arendt, que cobriu o julgamento para a revista New Yorker, o que resultou em sua descrição da “banalização do mal”. Ela acompanhou uma semana de audiências, de um julgamento que durou um ano inteiro, e não viu a real personalidade de Eichmann como nazista comprometido, autoritário e violento. Diante da gaiola de vidro, os deportados eram chamados para o local da vítima para fazer seus longos testemunhos. Pela primeira vez, eles podiam dizer o que aconteceu a eles. Pela primeira vez, eles foram ouvidos. 
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